MELHORE O SEU RELACIONAMENTO COM AS PESSOAS – I e II

 

Se você deseja conquistar e influenciar pessoas para se dar bem com elas, o primeiro passo é aprender a se relacionar. Uma das formas mais importantes é a que empreendemos no ambiente da Casa Espírita e com aqueles que, de uma maneira ou de outra, fazem parte dela.

Por isso, invista no relacionamento dentro e fora das fronteiras espíritas e amplie as chances de conquistar as pessoas e ter mais amigos. Melhorar e ampliar o relacionamento com os seus irmãos da Casa de Guará e com as pessoas com as quais convivemos na vida profissional e na familiar é um investimento que vale a pena, e se constitui no mais importante mecanismo para enfrentar e vencer toda sorte de desafio.

Olhe o seu irmão espírita como uma pessoa que precisa de palavras de estímulo e encorajamento, como alguém que poderá ajudá-lo a superar dificuldades e a abrir portas para novos caminhos que tenha de percorrer. São os detalhes que estreitam o relacionamento. Por isso, fique atento a eles.

Se o seu companheiro de atividades estava preparando-se para as provas da faculdade ou se o filho dele havia feito inscrição para algum exame, lembre-se de perguntar sobre o resultado. Se alguém da família dele estava doente, pergunte se a pessoa já melhorou. Imagine que talvez essa pessoa seja seu amigo fraterno e esteja orando por você! Ele ficará muito feliz e comprovando que as preces que realiza em seu favor estão favorecendo você, que está tornando-se uma pessoa educada, amorosa e verdadeiramente cristã.

Não custará nada, também, uma vez ou outra, permanecer um pouco além do horário de encerramento das atividades regulares, para ajudar em alguma atividade, na qual possa ser útil, como fechar as janelas, desligar os ventiladores, verificar se as torneiras estão devidamente fechadas, apagar as luzes, oferecer carona, etc. Tais comportamentos solidários poderão aproximá-lo das pessoas e torná-las prontas para retribuir sua generosidade.

Você poderá perguntar: “mas se elas não se mostrarem dispostas a se aproximar ou forem ingratas e não retribuírem?”. Não se preocupe, sua parte foi cumprida e o que estava ao seu alcance foi feito. Siga a vida com a consciência tranquila. De maneira geral, entretanto, você se surpreenderá com a boa receptividade que terá com suas ações.

Com frequência cada vez maior, os trabalhadores de nossa Instituição precisam interagir entre si, trabalhar em equipe e ter uma conduta solidária. Se alguém começar a cortar o relacionamento com seus pares, depois de algum tempo poderá se sentir sozinho, desamparado e sem clima para continuar seu projeto de crescimento espiritual. De maneira geral, no mundo corporativo, os profissionais são contratados por sua competência, mas são demitidos por seu comportamento.

Alguns são “encrenqueiros profissionais”: veem inimigos e perseguidores até na própria sombra. Sem nenhum motivo relevante, resolvem criticar ou acusar quem não fez absolutamente nada. Se você observar o comportamento desses criadores de caso, vai concluir que na vida inteira mantiveram o mesmo padrão de conduta. É uma espécie de vício que sempre os acompanha.

Há ainda os “senhores da verdade”, que também são incapazes de manter relacionamentos duradouros e estão sempre rompendo amizades e se afastando daqueles com quem convivem, por acreditarem que estão sempre certos e que os outros é que pisam na bola.

É sobre esse tipo de perfil que precisamos refletir: pessoas que imaginam não fazer nada de errado, mas que, por causa da “atitude equivocada dos outros”, veem-se obrigadas a se afastar. Agem como vítimas. Por mais que tentem compreender por que os outros se comportaram mal, não encontram justificativa. Afinal, têm convicção de que estão certos e de que os outros é que estão errados.

Tais pessoas não percebem que o ser humano não é infalível. Todos nós estamos sujeitos a cometer erros. Às vezes, erramos por ingenuidade, por não notar que a nossa conduta pode contrariar alguém. Em outras circunstâncias, erramos por negligência, por falta de atenção.

Por isso, se levarmos tudo a ferro e fogo, sem nos dar conta de que os outros, eventualmente, podem cometer falhas, dificilmente conseguiremos manter e preservar relacionamentos. Sabemos que é difícil ficar engolindo sapos, tentando compreender que qualquer um poderia cometer determinados deslizes, mas não há outra forma de conviver.

Pense duas vezes antes de tomar a iniciativa de dar conselhos ou fazer críticas. Não caia nessa de fazer crítica “construtiva”. É uma armadilha, pois, no fundo, é crítica da mesma forma. A pessoa sabe que errou, que não agiu da forma adequada, mas, ao receber a crítica, fica chateada do mesmo jeito. Iria sentir-se melhor se ninguém tocasse no assunto. Não se faz compensação com críticas. Não pense que, por ter dito dois ou três elogios, já tem o direito de fazer uma crítica. A quantidade de elogios não diminui a agressão da crítica. Por isso, a não ser que seja muito necessário, se sua intenção era fazer duas críticas e um elogio, talvez consiga ajudar mais o outro se mudar a estratégia e, depois dos dois elogios, fizer mais um.

Quando alguém der uma sugestão ou fizer uma crítica a você, procure não se justificar ou dar explicações; apenas agradeça.

      O próximo texto, voltamos a esse assunto empolgante, muito bem abordado pelo Mestre Reinaldo Polito, no seu último livro: Conquistar e influenciar, para se dar bem com as pessoas.

Ary Quadros Teixeira

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